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domingo, 28 de agosto de 2011

Cabos montados, moldados e prontos.

     Esta é mais uma etapa na continuidade da confecção das facas, a montagem dos cabos, onde procuro cores de madeiras, anexando as marchetarias, fazendo com que as facas tenham sempre cabos únicos, sendo impossível repeti-los, e nesta etapa, é um momento de terapia e de criação, tendo o cuidado de não repetir e sempre diferenciar, lâminas iguais, cabos não. Montadas, moldar uma a uma, para que as mesmas tenham uma empunhadura cômoda, confortável. Apreciem, este é o resultado de um trabalho feito com esmero, cuidado e amor, para que você tenha um produto com qualidade para durar muitos anos.

Cabos montados...

Começando a moldar...

...ou seja, dar formato ao cabo...

...algumas facas com os cabos moldados...

...com muito pó...

...paciência e calma...

...e mais um pouco de pó...

...e finalmente, cabos moldados, cada uma com sua empunhadura...

...prontas...

...no balcão ...

...sejam bem vindos as compras!

domingo, 21 de agosto de 2011

Temperadas e Polidas

Aqui facas temperadas, começando o processo de "alquimia" - polimento...

Primeiras lixas - abrasivos - ...

Continuando...

Ufa! esta etapa, abrasivos, acabou....

E começar tudo de novo, porem agora com massas polidoras, e roda de pano...

Polindo.....

Mais um pouco....

Ainda polindo, e com paciência.....

E ai está, polidas, transformadas...

Da faca escura (temperada), transformada assim, polida.....
No desenvolvimento do processo da confecção da faca, nesta etapa, é o polimento, o que está  demonstrado na sequência de fotos acima, desde como fica a faca depois de temperada (é como um processo de alquimia, tendo que deixar escuro o metal para depois transformar em um produto nobre), até o acabamento final, polida, passando por diversas lixas - abrasivos - e algumas massas de polimento, utilizando uma roda de pano para tal fim. 

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Modelos e Referências.

                                   Abaixo são os modelos das lâminas que produzo, com as medidas de comprimento e largura, junto a referência. Confeccionadas em 5 mm e 8 mm de espessuras, fora estes modelos, se desejares um desenho diferente, todo seu, envie-o para o meu email (daviassisbroz@yahoo.com.br), que retorno com o orçamento.









sábado, 30 de julho de 2011

Esta é minha forja - forno.

Colocando as facas para aquece-las.

Aquecendo...

Em andamento o aquecimento das lâminas...

Quase no ponto...

Esta é a coloração do ponto para "tempera"...

Mais um pouco, e...ufa! só desta forma,
com luvas e mascara para  suportar este calor...

Devidamente aquecida, + ou - 1000º...

Jogando a mesma nesta caixa metálica
com "sebo" - gordura animal - este é o choque térmico
.

Trabalho finalizado e fogo sendo desligado...

Após 20 minutos, os tijolos ainda ficam assim,
 porque para
 o resfriamento total leva em torno de  20 horas.


Esta é uma  etapa
 muito importante,
 sem este procedimento
 não teria uma faca com qualidade de fio.

domingo, 24 de julho de 2011

Dicas e Mitos

Neste momento contribuo com algumas dicas para que você possa, quando for adquirir uma faca, ter certeza da aplicação ou finalidade que darás.

                          * Modelos de Lâminas:

               
  a) Corte Redondo: Para cortar carnes, legumes e "corear" (retirar o couro de animais).


 

 b) Corte Meio Fino: Faca intermediária, utilizada tanto para carnes e legumes, assim como para sangrar e filetear.




                     a) Corte Fino: Para sangrar, desossar e filetear.


* Cuidados com a Faca

- Guarde sua faca na bainha (capa de couro protetora) para que ela não bata o fio em outro metal.
- Não arraste o fio da faca na tábua de carne, pois isto ocasiona a perda do fio mais rápido.
- Nunca use "esmeril" para afiar facas (desta forma o fio fica serrilhado dificultando cada vez mais sua afiação correta).

* Mitos e Tabus

- Cortar cebola não tira o fio da faca. É o ato de raspar o fio da faca na tábua de carne, empurrando o material cortado para a panela ou outro utensílio que faz com que a faca perca o fio.
- Água quente não interfere na estrutura do aço de uma faca, o calor empregado na têmpera da lâmina é em torno de 1000º Celsius, não podendo assim interferir na têmpera de uma lâmina de aço.
- Facas não são feitas para cortar pregos, arames, parafusos ou outros objetos de metal. Se elas tivessem sido inventadas para isto, não seriam criadas ferramentas como alicates, torques, etc.
- Se você é supersticioso e acredita que dar uma faca de presente pode "cortar a sua amizade" com o presenteado, peça-lhe em troca uma moeda de qualquer valor. Isto simboliza um pagamento, ou simplesmente uma troca de metal por metal.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Mais uma etapa na confecção das facas




Observem que na primeira foto há uma peça pequena de aço, esta peça, estou furando e a seguir é introduzida no pino, e posteriormente será soldada. Isto será mostrado em breve.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Lembre-se

          Ao adquirir uma faca DA TERRA, saiba que não está comprando um simples objeto utilitário, mas sim uma pequena obra de arte, cujo valor transcende a simples somatória dos materiais, tempo e técnica de manufatura, sendo únicas e exclusivas da expressão de um artista, assim a faca em si é o veículo e o resultado de uma grande arte.

A faca na minha história...

   Havia perto do local onde eu morava um velho ferreiro que se dedicava a confecção  de ferramentas e facas. Ele tinha sete filhos, sendo cinco homens, e para sua tristeza, nenhum deles se interessou pela arte do pai.
   Eu, um garoto de então 14 anos, curioso, fiz amizade com este senhor, indo quase diariamente a sua oficina, e ele, o Mestre, observou meu interesse, e de pouco em pouco me ensinou a Grande Arte.
  Agradeço a este Mestre exigente e severo, pois atualmente minhas facas são reconhecidas como facas de extrema qualidade.
   O Mestre hoje mora no oriente eterno, e eu, seu discípulo, sigo a risca seus ensinamentos, acrescentando aquilo que a evolução dos tempos exige. E sei que tu querido Mestre, me abençoa!
   Mestre:   TEBALDO DEMÓSTENES AMADEO FLORES.
   Discípulo: DAVI BROZOSKI.
   

domingo, 26 de junho de 2011

A faca como ferramenta na história...

   A ferramenta é uma das provas de que o homem iniciou a sua evolução há pelo menos dois milhões de anos. No ano de 1959 foram encontrados na África ferramentas de um milhão e setecentos mil anos atrás. São martelos e choppers (instrumentos de corte) que comprovam a existência já em desenvolvimento.
   As ferramentas do longo período que se chama Paleolítico (Idade da Pedra) eram feitas de sílex, um tipo de pedra que era retirada de grandes bancos rochosos, através de picaretas feitas com chifre de veado. Os blocos eram talhados até obterem a ferramenta desejada.
  Podemos observar durante todo período da Idade da Pedra, uma evolução importante na história da ferramenta. As primeiras ferramentas de corte tinham um tamanho que variava de 40 cm até l metro. Num período de tempo que chega a 500 mil anos se reduziram de tamanho até se tornarem micro lâminas (os micrólitos que chegavam a 2 cm) que eram encabadas com madeiras ou osso.
   Entretanto, na história das ferramentas, o fato mais importante acontece a mil e duzentos anos atrás, com o domínio da técnica de fusão e tratamento do ferro.
  Apesar de o metal já ser conhecido, pois muitos povos usavam o metal de meteoros para fazer facas, pontas de flechas e instrumentos para perfurar, este era tratado como a pedra, através da percussão e do polimento.
   O forno, o fole, a bigorna, o martelo, revolucionaram o uso dos metais, possibilitando o surgimento de uma indústria metalúrgica, com a qual o homem passa a produzir a própria matéria de que será feita a ferramenta.
   O ferreiro passa a ser o mestre e o fabricante de ferramentas, adquirindo em todos os povos que dominam a metalurgia, um papel de destaque. Com seus segredos, rituais e tecnologia, os ferreiros passam a influenciar a representação dos deuses de vários povos, além de criarem uma série de novos tabus.
  Surgem os deuses ferreiros ou os deuses que usam o martelo, a bigorna ou mesmo o fogo, na forma de raio, para simbolizar o poder e a força. Surgem os tabus que afastam as oficinas das aldeias impedindo o acesso de pessoas estranhas a atividade metalúrgica e, principalmente a presença de mulheres. Acreditava-se que se a mulher olhasse o trabalho do ferreiro, uma grande praga cairia sobre ele.
  O poder do ferro e, consequentemente, do fole, do martelo e da bigorna é tão grande que estas ferramentas passam a ser vistas como mágicas, atuando por conta própria.
 A origem do universo e do próprio homem passa a ser explicada como um processo de fabricação semelhante ao do objeto e ferro. Deus produziu o homem através da transformação (ou sacrifício) de uma matéria original, da mesma forma que o ferreiro produz uma faca através da transformação do minério de ferro.
   E assim com o tempo... o ferreiro cede lugar ao cientista que a inventa, ao industrial que a financia e ao operário que comanda a maquina. A ferramenta deixa de ser mágica para ser produto da ciência. O mundo deixa de ser pensado com o resultado do trabalho de um deus-ferreiro e passa a ser apresentado como uma máquina perfeita. 
   A história do homem pode ser vista como a história das suas ferramentas. Uma história que vai da pedra ao átomo e que sempre colocou o homem de frente a origem de todas as ferramentas: a capacidade de criar.